quarta-feira, 31 de outubro de 2007

De olhos vendados (IV)



Hugo chamou: “Marta…” Mas não obteve resposta…

Resolveu seguir as indicações e tirou o casaco e os sapatos. Seguiu novamente as velas que o encaminharam a um quarto…

Era um quarto espaçoso, amplo, muito bem decorado… no meio, uma cama enorme coberta por uma colcha branca, algumas almofadas vermelhas encostadas na cabeceira e pétalas de rosa vermelhas espalhadas sobre a cama. De cada um dos lados da cama uma janela com as persianas semicerradas o que fazia com que a luminosidade se tornasse deveras sensual! À frente das janelas duas mesas-de-cabeceira redondas, cobertas por um tecido de seda selvagem, igual ao das cortinas, em tons de vermelho escuro também! Sobre as mesas, velas e numa delas um livro, na outra um envelope igual ao que estava na porta. No chão dois tapetes, grandes, felpudos e brancos… um de cada lado… Na parede atrás da cama, um quadro também com vários tons de vermelho, com uma mulher seminua deitada sobre um homem, cujo rosto estava ocultado pelas cabelos da mulher… Na parede do lado direito, haviam três portas de correr, em vidro, que davam para um terraço que Hugo vira do lado de fora da casa; as persianas também semicerradas… atrás de si, em frente à cama um toucador com espelhos amplos e vários utensílios femininos espalhados. Um candeeiro de pé discreto junto à porta… do lado esquerdo duas portas de correr, talvez o roupeiro, e uma outra entreaberta… talvez o quarto de banho…

No ar o perfume de Marta… Hugo fechou os olhos e inspirou aquele perfume que tantas vezes o perturbara antes! Hugo aproximou-se da mesa-de-cabeceira que tinha o envelope… o seu nome também estava neste… Abriu e leu… “ Dirige-te ao quarto de banho…”. Hugo olhou em volta e dirigiu-se à porta entreaberta… abriu-a um pouco mais e parou na entrada. Em frente à porta uma banheira redonda… grande demais para duas pessoas até! A banheira estava cheia de espuma e sobre esta algumas pétalas vermelhas de rosas... Do lado esquerdo um grande espelho na parede e os lavatórios, na pedra destes velas acesas perfumavam o ambiente… na parede em frente à porta, atrás da banheira, uma janela grande, quadrada com pequenos tijolos de vidro que inundavam de claridade aquela divisão ampla… Do lado direito o bidé e a sanita completavam os componentes desta divisão… na frente da banheira um tapete branco como os do quarto… mas ainda maior… Num banco ao lado da banheira um cartão e um bocado de tecido… Hugo caminhou para lá… no cartão dizia “ Coloca a venda e depois chama-me… Sem batota!”

Esta mulher não era a mesma que, todos os dias, entrava no escritório em que ambos trabalhavam… Não podia ser! Apenas a caligrafia bem desenhada lhe era familiar… aquele ambiente escrupulosamente preparado, aquelas palavras provocantes e convidativas, nada daquilo era usual em Marta, não na Marta que conhecia. Mas esta Marta era o seu sonho tornado realidade… era a sua fantasia! Sorriu e resolveu arriscar… Colocou a venda negra sobre os olhos… não conseguia ver nada… tacteou o banco e sentou-se… “Marta!” – proferiu timidamente… estava a ficar muito excitado com toda esta situação… a voz tremia-lhe…





segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Sinto falta de ti...



Queria que estivesses aqui!
Aqui comigo... queria sentir o teu abraço...
Aquele que me dás muito apertado... aquele que me faz sentir segura e que
não estou sozinha!



Eu sei que às vezes me torno exigente... é mal que já tem passado!
Gosto de partilhar o meu tempo com as pessoas que são importantes para mim,
e tu és uma dessas pessoas!



Queria sentir o teu beijo!
O beijo que me provoca o arrepio pelas costas...
Aquele que me faz saber que existes e provocas em mim sensações que já não sentia há muito!

domingo, 28 de outubro de 2007

De olhos vendados (III)



Hugo estacionou e ficou dentro do carro, em frente à casa de Marta, olhando para a porta… Sentia uma ansiedade que lhe apertava o peito! Ao mesmo tempo pensava porque Marta queria encontrar-se com ele na própria casa… a proposta que lhe pedira para trazer para analisarem juntos não era urgente… e, porque queria trabalhar se não se sentia bem? Ficara apreensivo… no escritório era fácil manter-se discreto e distante, mas ali, em casa dela e estando ela vulnerável…não sabia se aguentaria sem lhe dirigir palavras de carinho… até talvez um gesto mais íntimo… teria que se controlar!

Suspirando saiu do carro e dirigiu-se à porta. Ao aproximar-se reparou num envelope com o seu nome inscrito,,, retirou o bilhete e a chave caiu aos seus pés… “ Entra e segue o caminho de luz… Vai conduzir-te a algo inesquecível!” O coração de Hugo parecia querer saltar do seu peito… que quereria ela dizer com aquelas palavras? Deixara-o perturbado! Apanhou a chave e timidamente a colocou na fechadura…

Marta ouviu a chave a rodar na fechadura e ficou à espera…

Hugo entrou silenciosamente… viu as velas e engoliu em seco… que significaria tudo aquilo? Sentiu o cheiro das velas… agradável, convidativo… Pousou a mala, onde trazia os documentos, no hall e seguiu o caminho das velas… Conseguia ouvir uma música de fundo muito sensual, melódica, apenas instrumental e reconheceu… Kenny G… Espreitou timidamente o corredor… Vazio… mais velas… No espelho da consola, escritas a batom vermelho, algumas palavras: “Despe o casaco e descalça-te… fica confortável…” Hugo ficou estacado em frente ao espelho. Nem queria acreditar no que lhe estava a acontecer… Tinha 28 anos, estava sozinho desde que terminara a faculdade, quando a sua namorada desde a adolescência, lhe comunicara que nada do que ele sonhara para ambos se concretizaria. Ela decidira que aquele namoro já não tinha razão de ser… fora bom ter um namorado durante os tempos da faculdade mas agora dedicar-se-ia apenas à carreira profissional e não tinha qualquer intenção, quer de formalizar a união que mantinham, quer de construir uma família. Desalentado, Hugo decidira fazer o mesmo. Dedicou-se ao trabalho… em pouco tempo, atingiu o estatuto que nem sequer sonhara quando escolhera o curso de economia para ingressar na faculdade. Não mais namorara, apenas se relacionava com mulheres para satisfação de impulsos sexuais de momento e seguia a sua vida sem manter qualquer contacto.

Há já algum tempo que Hugo apenas alimentava a sua mente com fantasias com a sua chefe… E, agora acontecia isto… Tudo o que sonhara… ou mais ainda do que sonhara!

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

De olhos vendados (II)





Enquanto vestia a lingerie, Marta sentia um turbilhão de emoções… um arrepio percorreu-lhe a pele deixando-a eriçada. Sentia a excitação crescer no seu corpo há tanto tempo adormecido para estas sensações!

Marta tinha 33 anos e era viúva há 5. O marido morrera num acidente de viação e desde então nunca mais se relacionara, nem mesmo esporadicamente com homem algum. Vivia sozinha desde a morte do marido… Não chegaram a ter filhos, pois ambos ambicionavam construir uma carreira sólida antes. O destino encarregara-se de inviabilizar esse sonho até então adiado. No mesmo dia em que o seu marido morrera, Marta descobrira que estava grávida… combinara um jantar com o marido para lhe contar a agradável surpresa… Ele morrera antes de saber e, com o choque da sua morte, Marta perdera também o bebé! Perdeu tudo… tudo menos a sua invejável carreira! Dedicara-se ao trabalho… apenas ao trabalho, para esquecer o sofrimento que o destino lhe reservara.

Nos últimos 5 anos, anulara sempre qualquer interesse que os muitos homens com quem convivia diariamente lhe dirigiam. Mas com Hugo era diferente… Jovem, atraente, dinâmico, inteligente, dedicado… tudo o que lhe era proposto era prontamente realizado de forma competente… sempre muito profissional. Era também tímido, discreto… Marta ainda não conseguira perceber se era autêntica timidez ou se apenas queria manter uma distância prudente, visto ser ela a sua chefe! Ainda que escassas vezes, conseguira perceber alguns olhares que lhe pareceram uma mistura de interesse e curiosidade… mas sempre muito rápidos e prontamente desviados.

Olhou-se ao espelho… o seu corpo era sem dúvida uma dádiva… Não se cuidava muito… aplicava os cremes hidratantes pelo corpo de pele sedosa e mantinha assídua frequência semanal na hidroginástica e assim ia conseguindo manter-se em forma. Tinha um corpo escultural com seios redondos e perfeitos de mamilos empinados, ventre liso e tonificado… nádegas firmes e arrebitadas… pernas longas e elegantes…

A lingerie em tons de vermelho e branco, parecia-lhe estranha vestida no seu corpo… lacinhos, rendinhas, fitinhas, e muito pouco tecido a esconder os seus seios e … pouco mais… Aquele pequeno triângulo de renda, ladeado por umas fitas de seda, escondiam apenas aparentemente a sua intimidade! As suas nádegas estavam expostas… apenas um pequeno lacinho acima das mesmas unia as três tiras de tecido que compunham a parte de trás daquela pequena peça de lingerie. Sentiu um calor agradável aflorar-lhe as faces… pensava na reacção de Hugo quando a visse assim vestida… ou melhor… quase despida! Mas estes pensamentos libidinosos foram interrompidos pelo barulho do carro de Hugo… Rapidamente despiu a lingerie e vestiu o roupão… tinha de acender as restantes velas!

De olhos vendados (I)



Marta esperava com alguma ansiedade a chegada de Hugo… Olhava para todos os lados e no seu rosto o sorriso demonstrava o quanto estava satisfeita com tudo o que havia preparado… Nunca faltara ao trabalho, mas desta vez nem pensara muito nisso… queria muito estar com Hugo e que tudo saísse perfeito. Seria uma tarde de paixão! Há muito que o ansiava… só esperava que Hugo não se assustasse.

Nunca lhe demonstrara o que sentia e dele nunca percebera qualquer interesse… tirando um ou outro olhar desviado um segundo depois de Marta o “encontrar”… Não conseguia explicar muito bem o que sentia por Hugo nem como surgira… Desejava aquele homem desde que o vira pela primeira vez. Claro que nessa altura nem conseguia acreditar no que lhe estava a acontecer, mas com o tempo, verificou que continuava a sentir o mesmo… Queria ser dele… ser possuída por ele!

Mas aquela timidez que ele aparentava dificultava tudo… e o facto de ser sua chefe também não contribuía para melhorar a situação.

Hugo dirigia-se para a casa de Marta intrigado! Não sabia como lidar com o desejo que sentia por ela, e agora via-se obrigado a estar com ela na casa dela! Não podia sentir-se assim… não devia! Afinal era a sua chefe! Mas era também uma mulher fascinante… feminina, sensual, competente, imparcial… Hugo agia com indiferença, para não lhe demonstrar o interesse que tinha em a conhecer melhor.

Trabalhavam juntos há 3 anos, desde que Hugo tinha terminado a faculdade e conseguira aquele emprego que tantos ambicionavam! Era o assessor de Marta e por isso trabalhavam muitas horas reunidos, analisando as propostas que chegavam ao departamento financeiro da filial do Porto da Multinacional de publicidade onde trabalhavam. No trabalho entendiam-se perfeitamente… Como seriam na intimidade? Será que alguma vez saberia?

Marta olhou para o relógio… Hugo era sempre pontual por isso estaria à sua porta dentro de alguns minutos. Teria que estar atenta para que tudo corresse como planeado. Foi até à porta e deixou o pequeno envelope preso na mesma… dentro um bilhetinho e a chave! Sorriu imaginando a cara de Hugo quando o lesse… Seguiu o corredor e acendeu as velas… entrou no quarto… a cama estava preparada… as pétalas de rosas vermelhas espalhadas na colcha branca convidavam à luxúria! Acendeu aqui também as velas e espalhou perfume pelos candeeiros para perfumar o ambiente com o seu próprio perfume. Não resistiu e vestiu a lingerie que tinha comprado para a ocasião. Sentiu o calor subir às suas faces… Corava só de pensar no momento em que comprara aquelas pequenas e sensuais peças. Não se lembrava da última vez que comprara algo tão atrevido e feminino!

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Sinto...



Sinto que te faço pensar em coisas que tentas há muito tempo guardar... coisas que não deixas que saltem para a luz do dia e te façam tomar decisões dolorosas!

Eu não queria que isso acontecesse... que fosse eu a causa de voltares a lidar com todas essas emoçõs que te perturbam... eu prefiro ser a paz da tua vida, tal como tu te tornas-te a paz da minha, desde o momento em que te conheci!

Sei que desde o momento que assumimos estar presentes na vida um do outro, que essa paz passa em segundos a conflito, com os sentimentos, os deveres e as responsabilidades que cada um de nós tem para além do tempo que passamos juntos e que se revela quase perfeito. Sei também que há palavras que não serão ditas e que há olhares que por muito que cada um de nós queira interpretar livremente, vai ter que reprimir!

Sei tudo isto e sei também que algum dia tudo será diferente... para melhor ou para pior, mas será diferente!

Até lá, vivo contigo momentos de extrema sintonia... de muito carinho, entrega, prazer e alegria e não troco isso por nada!

Adoro os momentos que partilhamos!

Adoro viver um dia de cada vez, ao teu lado!

quarta-feira, 24 de outubro de 2007




Gostaste de dormir assim?

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Adoro...



Adoro quando
fazemos amor
e te afastas
ligeiramente
de mim e
espreitas o teu sexo
a entrar e sair do meu,
bem
devagarinho...
Adoro!

sábado, 20 de outubro de 2007

Na Piscina... (VIII)



Não acredito nesse amor!

Amas o meu corpo e o prazer que dele conquistas!

Amas a dedicação com que satisfaço as tuas fantasias mais rebuscadas!

Hoje senti-te diferente, mais envolvido, mais apaixonado, mais dedicado a mim… não parecias concentrado nos pormenores, mas sim em mim… Olhaste-me por diversas vezes nos olhos e até o sorriso, apesar de maroto, parecia mais quente, mais próximo!

Mas, para ti, esta foi apenas mais uma fantasia… e nada comparada com tantas outras que já vivemos… Nos teus livros, descreves-me sempre de forma diferente… posso ser loira, morena ou ruiva… alta ou baixa… mais voluptuosa ou mais imaculada! Sou o que tu imaginas! O que imaginas para os leitores… Por tudo isto, não acredito nesse amor que, de tempos a tempos, dizes sentir…

No início, pensei que reconhecerias que eu sou a mulher que mais te ama e quererias ficar comigo. Enganei-me! Não fui enganada por ti… sempre soube que te servia de musa inspiradora.

A minha chegada a esta casa coincidiu com o revigorar da tua escrita! Mas ela não percebeu isso… A tua mulher… a minha irmã! Ou será que percebeu? Será que sabe mas continua esta farsa pois assim não precisa de te aturar as investidas? As mesmas que sempre foram motivo de desentendimentos e queixas!

Ambos atingiram as suas pretensões… o sossego dela que entretanto se deleita com as compras que o dinheiro do teu sucesso lhe permite… e a tua dupla satisfação: a profissional que sempre ambicionaste e a pessoal pois satisfazes os teus desejos sexuais e não precisas passar por um dispendioso divórcio, agora que és famoso como escritor. Mas nenhum dos dois se preocupa comigo! E posso concluir, que nem eu comigo mesma…

Ouço o portão automático da garagem a abrir… Ela chegou! Rapidamente me levanto e visto o biquini Preparo-me para me deitar na espreguiçadeira e fingir que passei a tarde ao sol, quando te vejo a atravessar o jardim. Abraças-me e dizes ao meu ouvido que acabaste com toda a farsa que estávamos a viver. “Amo-te! Não o consegui esconder por mais tempo! Nem vou mais partilhar-te com os meus leitores… Quero-te para mim… como sei que sou para ti! Único!”

Olho para ele sem compreender muito bem o que querem dizer aquelas palavras. A minha irmã encontra-nos no jardim… Aparenta uma quietude que me inquieta! Segue para o interior da casa, sem dizer uma palavra… Embrulho-me na toalha e vou atrás dela pela escadaria… Volta-se no patamar e diz… “Espero que sejam muito felizes! Não penses que ocupas o meu lugar… Eu nunca o amei e ele nunca me compreendeu!”

Na manhã desse dia, disseste-lhe o que ela admitiu já saber… Amavas-me e não aguentavas mais a mentira em que vivias… um casamento de fachada e um amor secreto! Querias amar sem rodeios, sem reservas!

Apenas dois meses depois, estamos lado a lado no lançamento do seu novo livro – “Quero amar-te”. Eu continuo a ser a protagonista… mas, desta vez, nada me poderia fazer mais feliz!

FIM

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Na Piscina... (VII)


E que vontade!

Gemes cada vez mais… movimentas-te com cuidado mas perícia. Sinto o calor a invadir o meu rosto… o prazer espreita… A dor já não é sentida e inicio movimentos de encontro ao teu corpo na procura do prazer que se prenuncia… Começo a sentir as cócegas, os arrepios pelo corpo. Elevo-me, encosto a minha face à tua e peço-te que não me castigues de novo parando! Beijas-me e sorris… Quero sentir o orgasmo… Quero sentir o meu e o teu… Sentir os espasmos do teu pénis aprisionado em mim! Sei que queres o mesmo! Precisas de me sentir descontrolada… que me abandone aos sentidos, que aprecie o que me fazes e desfrute ao máximo desta partilha…

Pois é isso que acontece entre nós! Partilhamos a busca de um prazer que nunca antes senti com alguém e nunca antes conseguiste proporcionar desta forma!

Aumentamos o ritmo dos movimentos… Estão agora em sintonia… os nossos gemidos são cada vez mais audíveis e intensos. O meu corpo começa a estremecer, espasmos percorrem-me sem parar… sinto um calor desmedido… contorço-me de prazer… Seguras o meu corpo que “abandono” em êxtase descontrolado. Seguidamente o mesmo te acontece… exclamas o meu nome… sinto-te estremecer de encontro a mim… sinto contracções dentro de mim… e o jorro do prazer que sentes queima ainda mais o meu corpo cálido e exaurido desta paixão desmedida que temos um pelo outro!

Lentamente, caímos de joelhos sobre a relva… Descanso sobre a espreguiçadeira e o teu corpo repousa no meu… sinto os batimentos do teu coração sobre as minhas costas… Aconchegas-me no teu peito… Os teus braços rodeiam-me num abraço que preciso… que anseio! Levanto a mão e acaricio o teu rosto… beijas a palma da minha mão! Baixinho sussurras ao meu ouvido que já são horas de nos vestirmos! Levantas-te e apanhas as roupas espalhadas pela relva. Vestes-te e deixas o meu biquini na espreguiçadeira! Fazes uma festa nos meus cabelos, dás-me um beijo na testa e entras na casa…

As lágrimas caem-me pelo rosto… Sei que não sou nada para ti, nada mais do que… Há dias em que dizes que me amas…

Mas… não acredito!

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Na Piscina... (VI)



Mas… Recusas!

Ficas parado junto à piscina, levantas o dedo e abanas de um lado para o outro… O sorriso maroto presente… está sempre aí! Nesse rosto lindo, moreno, de olhos verdes brilhantes e cabelos doirados pelo sol! Admiras-me a caminhar… bamboleio o rabo para te provocar… Ris mas continuas a acenar que não! Sei como te convencer… Dirijo-me para a espreguiçadeira… inclino-me sobre ela para apanhar a toalha, mantenho-me inclinada e olho para ti… engoles em seco… olhas-me guloso! Sabia que ficarias assim… Sei que não resistes a ver o meu rabo empinado… como que a chamar por ti, a pedir que te aproximes… sem pressas… sem movimentos bruscos!

Caminhas para mim e eu endireito-me e volto-me para ti… Paras… Hum… Exigente! Sim és exigente mas, sempre confiei em ti… Sempre acreditei que tudo o que fizéssemos juntos seria bom para os dois. Não és egoísta e por isso me convences sempre a experimentar novas sensações… E, tens sempre razão! É bom… bom demais, se é que isso existe!

Chegas junto de mim e abraças o meu corpo puxando-me para ti… As tuas mãos percorrem os meus seios e o meu ventre, a tua boca beija o meu pescoço, as orelhas… sinto a língua a passar em cada sulco de cada uma delas. Abraço os teus braços mantendo-me coladinha a ti… Sinto o teu vigor nas minhas nádegas… procura o caminho que nos levará ao prazer! Muito juntinhos, desafiamos o desejo que sentimos. Pego na tua mão e levo-a à minha boca… Um a um, lambo os teus dedos… enrolo neles a língua e demoradamente os sorvo e lambuzo… Sinto o teu pénis pulsar envolto nos lábios molhados e quentes da minha vagina. Anseio sentir-te de novo em mim.

Retiras a mão da minha boca… Massajas delicadamente, com os dedos molhados pela saliva que lhes deixei, a abertura para esse caminho estreito que te sugará para o seu interior. Empino o rabo e inclino o corpo para a frente, apoiando um joelho na espreguiçadeira… Lentamente introduzes um dedo… inicias um vaivém lento… gostoso. Começo a mexer-me combinando os movimentos com as investidas do teu dedo… Retiras o dedo e encaixas o pénis entre as minhas nádegas… Calmamente penetras-me… Sinto um misto de dor e prazer - seguidamente a dor será substituída apenas pelo prazer. Devagar inicias o vaivém… Ouço os teus gemidos de prazer… em pouco tempo também eu vou gemer para ti! Descontraio o corpo, curvo-me sobre a espreguiçadeira empinando ainda mais o rabo e deixo-me à mercê da tua vontade!
E que vontade!

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Na Piscina... (V)



Mas, não deixas…

Puxas-me de novo para ti, fazes-me sentar nas tuas pernas e apoiando-te nas escadas desces dois degraus… a água fica pelo teu peito… Fazes passar uma das minha pernas sobre as tuas e fico sentada de frente para ti… os meus seios ficam em frente ao teu rosto e não resistes a beijá-los… beijas um e apertas o outro na tua mão… depois soltas e esfregas a palma macia da tua mão e sentes o mamilo a crescer de encontro ao teu toque… sinto a tua língua quente enroscada no outro a lambê-lo primeiro delicadamente e depois sôfrega, exigente… mordiscas também e eu arqueio as costas respondendo ao prazer que me fazes sentir…os meus braços abraçam o teu corpo, as mãos param nas tuas costas e as minhas unhas marcam a tua pele… aperto-te de encontro a mim usando as minhas pernas em volta dos teus quadris… com a outra mão pressionas o fundo das minhas costas e o teu membro vigoroso encontra o caminho do nosso prazer…

Olhamos nos olhos um do outro… há paixão em ambos, desejo que tem de ser amansado… Penetras-me com gentileza… fecho os olhos e sinto-te dentro de mim… ficamos quietos a sentir o encaixe perfeito dos nossos corpos… Lentamente mexo os quadris para trás… sinto as tuas mãos a deslizar pelo meu corpo e param nas minhas ancas… puxas-me de novo para ti… procuras a minha boca e beijas-me ternamente os lábios… num toque tão delicado que me arrepio… iniciamos um vaivém de movimentos, quase em sincronia perfeita… as tuas mãos guiam as minhas ancas… as minhas pernas atraem o teu corpo… Arqueio-me para trás, apoio as mãos nos teus joelhos e aumento o ritmo do vaivém sobre ti… as tuas mãos acompanham e auxiliam os movimentos… a água ondula com os movimentos do nosso frenesim de paixão… que vai aumentando de ritmo… Abrando os movimentos quando pressinto o êxtase… quero prolongar o prazer!

Observo-te! Aproveitas esta pausa para me puxares de encontro ao teu corpo e beijas os meus seios cada vez mais intumescidos. Abraço-te e levantas-te mantendo o teu membro dentro de mim… Lentamente, sobes os degraus da piscina sem parares de me beijar… Solto as minhas pernas dos teus quadris e desencaixamos… Sorris… sabes que vou fazer alguma! Caminho pela relva calmamente, olhando para trás… faço um gesto para que me sigas…

Mas… Recusas!

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Na Piscina... (IV)


Mas… páras!

Afastas-te e sei que estás a olhar o meu corpo já contraído pelo prazer que chegava… olhas o meu rosto corado! Abro os olhos e encontro os teus a sorrir… todo o teu rosto é o tal sorriso maroto! Deslizas de costas pela água e vislumbro o quanto te manténs excitado. Ouço: “Também quero…” e mergulhas. Levanto-me e olho para ti do outro lado da piscina.

Mergulho e nado para ti… Abraço-te quando te alcanço… beijo-te delicadamente os lábios, tens paixão e desejo no olhar… pego na tua mão e puxo-te para a escadaria da piscina… faço-te sentar… recostas-te nas escadas e eu ajoelho-me em frente a ti, entre as tuas pernas que afasto. Inclino-me sobre o teu peito e beijo os teus lábios… o teu pescoço, a orelha… introduzo lá a minha língua e lambo… Sei que adoras e sinto o teu arrepio ao de leve. Desço pelo teu peito… as tuas mãos percorrem os meus braços e gentilmente encaminham a minha descida… Beijo e lambo os teus mamilos já erectos… olho o teu rosto… já tenso pelo prazer que pressentes. Sorrio para ti e desarmo essa tensão… sorris de volta e acaricias a minha face quente. Percorro a tua barriga com a ponta da minha língua… Sigo pelas coxas e beijo delicadamente o interior de cada uma… passeio os meus dedos pelas tuas virilhas e contemplo o teu membro erecto, vigoroso… começo por tacteá-lo... toco-o e enrolo os dedos da minha mão sobre ele... enrosco-o e massajo-o... devagar... sinto-o pulsar na minha mão... poderoso... duro... Com a outra mão massajo os teus testículos... brinco com eles enquanto continuo a massajar-te com os meus dedos enroscados em ti... Olho novamente o teu rosto... tento perceber se gostas... parece que sim... olho o teu pénis gulosa e humedeço os meus lábios com a língua, olhando para ti para perceberes qual a minha intenção... Vejo que aprovas e aproximo a minha boca… ao que se encontra aprisionado nas minhas mãos... seguro-o nas duas mãos e devagar passo a ponta da minha língua… de baixo para cima, lentamente… Levanto os olhos para ti... os teus olhos sorriem para os meus e sei que devo continuar... Percorro todo o teu pénis com a ponta da minha língua e de seguida introduzo-o na minha boca e chupo-o... devagar... saboreio... volto a sugá-lo e de novo deixo-o sair bem devagar... sugando e lambendo... não resisto a apertar ligeiramente os dentes... tento não te magoar... apenas que sintas alguma pressão... Com a mão volto a massajar-te, num vaivém que aumenta de velocidade... enquanto lambo os teus testículos... introduzo-os na minha boca e chupo ligeiramente... um de cada vez... Volto a colocá-lo na boca e lambo e massajo com as mãos e aumento a velocidade com que lambo... e chupo... e sugo... e massajo... e continuo até pressentir que estás no limite... e paro para te provocar...

Sorris… puxas-me para ti, apertas-me nos teus braços e beijas-me fervorosamente… passas para mim toda a tensão, o desejo e paixão que sentes… Liberto-me e aninho-me para continuar o que o teu beijo interrompeu…

Mas, não deixas…