sábado, 25 de setembro de 2010

Ele e Ela

- Olá…

Ele aparecera nas suas costas e sussurrara no seu ouvido…

Ela reconheceu a voz rouca…

Ele continuou a atravessar o restaurante em direcção à sala privada…

Ela sorriu e aguardou…

O empregado não tardou a aparecer… Levantou-se e seguiu-o…

Encaminhou-a para a sala privada onde ele entrara…

Entregou-lhe a chave e saiu…

Ela entrou…

Ele estava sorridente à sua espera… já tirara o casaco… a gravata estava desapertada e alguns dos botões da camisa abertos deixando perceber os músculos peitorais definidos…

A mesa, rente ao chão tinha de tudo um pouco para aguçar os sentidos… o champanhe já estava servido e ele encaminhou-se com os flutes na mão… Entregou-lhe um e brindaram…

Ela bebeu primeiro… sentia o líquido frio e borbulhante a escorrer pela garganta seca do desejo que sentia…

Ele imitou-a…

Ela pousou o copo e segurando o dele, bebeu um pouco e beijou-lhe os lábios vertendo um pouco do líquido… de seguida seguiu o percurso que este deixou pelos cantos da boca dele, com a língua afilada, quente e provocante…

Ele tirou-lhe o copo da mão e pousou-o na mesa… Pegou num morango e deu uma trinca gulosa… Ficou a olhá-la nos olhos enquanto engolia o fruto suculento… Beijou-a deixando o gosto doce na boca dela… Rodeou-lhe a cintura e puxou-a de encontro ao seu corpo excitado… Deu-lhe o que restava do morango e deixou-a saborear…

Ela soltou-se do abraço gentil agarrando-lhe os braços e empurrando-os para baixo… mantendo alguma distância beijou-lhe os lábios delicadamente… Afastou-se e voltando-se de costas começou a abrir o fecho do vestido…

Ele acercou-se dela e ajudou…o vestido deslizou pela pele sedosa e caiu-lhe aos pés, revelando uma lingerie sexy, reduzida de cor vermelha… meias e cinto de ligas… fio dental… soutien de fitas e copas minúsculas…

Ela afastou-se e sentou-se num cadeirão ao canto da sala…

Ele encaminhou-se até ao outro extremo da sala e ligou o rádio… uma música sensual começou a ouvir-se… ao som da música, ele começou a dançar e a tirar a roupa… peça a peça… atirando-as para perto dela…

Ela ria e exultava a performance dele com gritinhos de incentivo e deleite…

Ele ria também e provocava-a com movimentos lascivos…

Ela levantou-se e caminhou para ele quando apenas sobrara a cueca… Abraçou-o e pendurando-se no pescoço dele beijou-o apaixonadamente…

Ele rodeou-a pela cintura e puxando-a para o colo encaminhou-se para a mesa… pousou-a delicadamente… observando-lhe o peito arfante…

Ela sorria feliz e olhava-o também…

Ele pegou numa framboesa e prendeu-a nos lábios…

Ela elevou o pescoço e roubou-a… mastigou e beijou-o de seguida passando-lhe o sabor agreste mas agradável…

Ele pegou noutra framboesa e esmagou-a delicadamente contra a pele entre os seios dela e com a língua aguçada lambeu o sumo que escorreu…

Ela gemeu e arqueou o corpo…

Ele abriu o soutien e despiu-lho… desnudando os seios intumescidos de mamilos erectos… Salpicou-os com granizado de limão…

Ela arrepiou-se…

Ele lambeu os salpicos e saboreou o sabor ácido e fresco… entregou-lho num beijo arrebatado…

Ela arqueou o corpo e ofereceu os seios de mamilos arrebitados mas ele queria mais…

Ele percorreu-lhe a linha entre as mamas empinadas com a língua e dirigiu-se ao umbigo…

Ela encolheu a barriga sentindo o calor e a humidade aumentarem entre as pernas…

Ele continuou a percorrer a pele sedosa e perfumada e chegou bem perto do fio dental… com os dedos puxou-o para o lado e passou a língua pelos lábios húmidos e palpitantes…

Ela arqueou o corpo e gemeu ao sentir a língua quente a explorar a sua intimidade… Subiu as ancas e provocou-o a continuar…

Ele sabia o quanto ela gostava da sua língua… voltou a percorrer com a língua aqueles caminhos agridoces, quentes…

Ela sabia o prazer que aquele contacto lhe podia dar e esboçou um sorriso, sentindo as carícias que lhe provocavam sensações boas, calor, cócegas… um misto de ansiedade e bem-estar…

... ...

Ele deixava a língua deslizar pelos lábios, introduzindo-a na vagina… saboreando o líquido que começava a escorrer… introduziu um dedo e depois outro, movimentando-os devagar para dentro e para fora…

Ela gemia e pedia-lhe que o fizesse mais depressa…

Ele olhou-a e acenou um não… o sorriso aberto… satisfeito com a tortura que o deixava doido de desejo…

Ela contorcia o corpo e apertava as pernas aprisionando-lhe a mão… movimentava o corpo sugando-lhe os dedos, pretendendo-os mais dentro de si…

Ele retirou os dedos e levando a mão à boca, lambeu-os, um de cada vez sugando aquele líquido que tanto gostava…

Ela gemeu, desta vez de desespero… levantou o corpo e abraçou o corpo dele empurrando-o para o chão… pegou numa pequena pedra de gelo e colocou-a na boca…

Ele sorriu com aquele gesto… adorava a sensação… sentir a língua gelada no seu pénis…

Ela debruçou-se sobre ele… pegando na pedra de gelo, passou-a sobre o peito dele e deslizou-a deixando um rasto frio na pele que se arrepiava…

Ele arrepiou-se e encolheu a barriga ao sentir o frio a aproximar-se, cada vez mais, do seu pénis quente e palpitante...

Ela recolheu a pedra de gelo e percorreu o trilho de água com a língua, subindo até ao pescoço... e de volta pelo peito, barriga e, levando a pedra de gelo à boca, levantou os olhos, encontrando o olhar embraigado de desejo, dele...

Ele sorriu expectante... Fez-lhe uma festa no rosto e abriu a mão onde ela deixou cair a pequena pedra de gelo...

Ela baixou-se sobre o pénis e engoliu-o, colando a lingua fria na pele quente e palpitante...

Ele encolheu-se e riu ao sentir o contraste da temperatura...

Ela continuou a lamber e a massajar aquele cilindro de carne, quente, suave, palpitante... Sentia o seu próprio desejo crescer e puxou a mão dele coloccando-a entre as suas pernas...

Ele percorreu os grandes lábios com os dedos longos e suaves... abru-os e procurou o pequeno botão entumescido... massajou-o delicadamente...

Ela gemia e aumentava o ritmo das suas investidas sobre o pénnis cada vez mais grosso, húmido e pulsátil... entreabriu as pernas deixando que a mão dele explorasse a sua vagina cada vez mais molhada e quente...

Ele introduziu um dedo, deslizando-o facilmente pela vagina encharcada... depois outro dedo e ritmadamente os deslizava desde o clitoris até ao interior...

Ela movia o corpo ao mesmo ritmo, facilitando aquele vaivém de prazer recíproco...

Ele começou a gemer também... o seu pénis estava inchado e prestes a expludir...mas não queria vir-se na boca dela...

Ela sentiu-o sair de dentro da sua vagina e parou também... Estavam corados, trémulos, os olhos brilhantes... Sorriram um para o outro...

Ele levantou o corpo e puxou-a para cima e rodando-lhe o corpo, sentou-a sobre o pénis... deslizou sem dificuldade dentro dela... abraçou-a e sentiu o cheiro dos cabelos... afastou-os e beijou-lhe os ombros e as costas...

Ela acariciou-lhe as pernas e segurando-se nos joelhos dele, começou a mover-se sobre o pénis, deslizando dentro e fora...

Ele colocou as mãos na anca dela e segurando-as, ajudou-a a movimentar-se, aumentando ou diminuindo o ritmo das investidas dos corpos sedentos de prazer...

Ela gemia e soltava gritinhos de prazer, descontrolada, entesoada e febril...

Ele levantou o corpo e, sem sair de dentro dela, dobrou-se, fazendo-a dobrar-se também sobre a cadeira em frente e agarrando-lhe as ancas novamente aumentou o ritmo dos movimentos procurando o orgasmo...

Ela dobrou-se mais e repetidamente lhe pedia mais e mais... sentia o orgasmo perto... cada vez mais perto... o corpo a tremer em espasmos repetidos e quase violentos... o calor nas faces e as pernas trémulas e a fraquejar... os gemidos mais altos e entrecortados...

Ele sentiu-a vir-se e mais rapidamente se moveu contra as nádegas contraídas... gemeu também alto e descontrolado e veio-se atrás dela, sentindo o pénis mais apertado na vagina pulsátil... jorrando o líquido quente que se misturou aos dela e escorreu pelas pernas de ambos...

Ela sorria abertamente quando se voltou para ele encontrando um sorriso igual...
Ele beijou-a... abraçou o corpo, agora mais descontraído, encostando-o ao seu...

Ela enroscou-se no peito dele e, por alguns minutos ficaram assim, unidos...

Ele era casado...

Ela também...

Ele tinha filhos...

Ela também...

Ele amava a esposa...

Ela amava o marido...

Eles tinham encontrado uma forma de salvar o casamento do fracasso... o mesmo fracasso que conheceram com amigos próximos e até alguns familiares.

Encontravam-se uma vez por semana... naquele espaço inovador... num motel... numa praia quase deserta... num bosque escondido... Faziam amor como nas primeiras vezes... quando ainda não eram mais do que um casal de namorados, mal saídos da adolescência, cheios de sonhos e embrenhados na maior das paixões que queriam fosse eterna...

Depois, voltavam ao emprego e à noite, quando se encontravam em casa, no meio do reboliço dos filhos, das tarefas e das responsabilidades, conseguiam olhar um para o outro e sabiam que só faltavam mais sete dias para repetirem e renovarem o amor, desejo, paixão e entrega que tinham desejado e prometido um ao outro no dia em que selaram o compromisso de permanecerem juntos para sempre!