terça-feira, 24 de maio de 2011

Aproveitar...

Ainda não sei o que aconteceu...
Saíste de uma forma estranha...
Mas também entraste dessa forma...







Estava um ambiente animado no jantar... vários colegas de trabalho numa mesma sala onde se comia, bebia, fumava, cantava, ria... enfim... momentos descontraídos para elementos de uma equipa de trabalho que lidava com situações de imenso stress no dia a dia...


Algumas dessas pessoas não sairiam sozinhas dali... a noite terminaria num qualquer motel para alguns; num carro junto ao mar para outros... Eu sei onde terminaria a minha...


Saí discretamente para o jardim que rodeava a esplanada... já conhecia este espaço... aqui tinha comemorado o que seria o dia mais feliz da minha vida, há 5 anos atrás... Imaginem... um dia apenas... mas não é verdade... não foi o dia mais feliz da minha vida... talvez um dos mais confusos... talvez um dos mais loucos:

 "Casamento no registo civil pelas 14h30... o conservador era uma "lasca"... quando me deu o registo para assinar senti os olhos cravados no meu decote (quase indecente)... indicou-me o local onde deveria assinar e sussurrou: "Se é que tem a certeza de que quer assinar..." Claro que o noivo ficou com cara de parvo e esboçou um sorriso amarelo... Eu sorri abertamente e pisquei-lhe o olho. Sentia-me capaz de conquistar o mundo... um dia no SPA e uma noite de despedida de solteira... inimaginável (talvez numa próxima possa descreve-la... em pormenor!)..."

 Descalcei-me no relvado... o contacto com a relva fresca fez-me avivar os sentidos.

Durante o jantar tinhas-me reconhecido e não perdeste a oportunidade de me  espicaçar... senti os teus braços roçarem os meus enquanto me servias... o calor do teu corpo despertou-me a vontade de reviver o que sentira no dia do meu casamento...



"Eras o garçon destacado para a mesa dos noivos... sorte a minha... ainda nem há uma hora tinha a aliança no dedo e já eu sentia que me queimava a responsabilidade de a ter aceite.

Ao longo da tarde servias-me a mim primeiro, como convinha e sempre sorridente e prestativo, sempre com o olhar em mim, fizeste-me sentir realmente que era a pessoa mais importante naquele momento... não foi o noivo... mas também não foi o noivo o primeiro a receber o prémio da noiva, nesse dia... 

Após o jantar, ao passar por mim com uma bandeja, sem querer ou não, salpicou algo para o meu vestido. De imediato te desculpaste e encaminhaste-me a uma sala um pouco distante onde me ajudaste a limpar o vestido... ninguém se apercebera e, pelo que me apercebi depois, ninguém deu pela falta da noiva... muita animação, muita bebida... muitas mulheres e homens enrolados nos seus devaneios de conquista... Os familiares já sonolentos e cansados, conversavam sentados nas mesas antes requintadas... O noivo atento ao que o chefe (padrinho de casamento) lhe dizia...

De início parecias preocupado pelo facto de o vestido estar estragado... Sosseguei-te: "É de uso único! Não faço intenções de o vestir de novo!" - disse sorrindo e procurando os olhos verdes cativantes. Sorriste de forma tímida e a tua expressão passou rapidamente para atractiva, sensual e atrevida... Trocamos um beijo que ambos desejávamos da mesma forma... louca, descontrolada... Senti os teus braços fortes a rodear a minha cintura e a puxar-me para sentir o teu corpo, enquanto os teus lábios e os meus se debatiam num beijo faminto e sequioso... as línguas entrelaçavam-se e procuravam mais... os teus lábios percorreram o meu pescoço e o decote... e os teus braços puxavam a saia do vestido para sentires a pele das minhas coxas e nádegas...abracei-te e puxei o teu rabo de encontro ao meu sexo palpitante e húmido... senti o vigor do teu pénis e comecei a desapertar-te as calças... baixei-me e engoli-te sofregamente... durante alguns segundos ficaste parado e sentir, olhavas para mim com surpresa e excitação... parei e sorri... puxaste-me de novo e beijaste os meus lábios inchados e lambuzados... Desapertaste-me o vestido e viraste-me de costas... o fio dental facilitava o acesso a minha vagina húmida... senti o teu pénis a entrar rápida e facilmente em mim e as investidas rítmicas e seguras que me faziam gemer... em alguns minutos chegamos ao orgasmo... algo intenso, quente e fugaz... Rodeaste o meu corpo e viraste-me de novo para ti... Baixaste-te e ajudaste-me a vestir de novo o vestido... Sorri e soltei: "Afinal, vou vesti-lo mais uma vez"... Soltamos uma gargalhada ao mesmo tempo. Ele juntou a cara quente à minha e disse-me: "Adorei!" segurava as minhas mãos nas suas e encaminhou-me para a porta.

Saímos sem que ninguém prestasse atenção... Voltei para a sala... O noivo continuava atento ao que o chefe lhe dizia... Nem deve ter dado pela minha ausência... Dirigi-me a ele sorridente... A um inicio auspicioso de vida em conjunto!"











Ao fundo do jardim existia uma casa antiga em pedra com uma varanda em madeira. Na varanda uma cadeira de baloiço... sentei-me lá... sabia que chegarias em alguns minutos... Ao servir a sopa deixas-te cair um bilhete no meu colo... A Maria viu e ficou atónita ... pisquei-lhe o olho e sorri. Ela entendeu...


Olhei para a esplanada, as pessoas animadas começavam a sair... aos pares...


Ouvi a porta da casa a ranger e olhei para o lado...


- Olá... queres entrar ou ficamos aqui um bocadinho... - estavas lindo... os olhos verdes brilhantes, o cabelo castanho claro com alguns caracóis rebeldes, o sorriso aberto de menino feliz...


Estendi a mão e sentaste-te ao meu lado... Beijaste-me os lábios de uma forma meiga que me fazia estremecer o peito... Tenho 35 anos e tu apenas 23... há quem tenha amantes mais velhos para conseguir desafogo financeiro... eu tenho um emprego que me dá quase tudo o que o dinheiro pode comprar, um marido que anula esse quase e um amante menino que me dá o carinho, prazer e atenção que o dinheiro não compra... Um dia posso perder tudo isto... mas enquanto durar eu vou aproveitar...

1 comentário:

  1. uauuu...fiquei teu fã :D (se este comentário aparecer duas vezes, ignora!)

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