sábado, 17 de novembro de 2007

De olhos vendados (VII)





Marta passeava os lábios pelo pescoço de Hugo e abraçava o seu corpo brincando com os pequenos mas endurecidos mamilos dele… Tinha noção do estado de excitação em que ele estava e sabia que não estava a ser fácil aquele jogo para ele… mas também ela sentia alguma dificuldade em olhá-lo nos olhos e deixar transparecer todo o desejo que sentia… todo o que sempre escondera…

Hugo passou as mãos pelos braços de Marta… pegou numa delas e levou-a à boca, a medo… mas Marta não o impediu! Beijou cada um dos seus delicados dedos… as unhas pintadas de vermelho combinavam com toda aquela paixão que ambos estavam a libertar. Marta suspirou nas suas costas… estava a fraquejar no seu próprio jogo… essa fragilidade ainda o deixou mais enfeitiçado… ousou falar… “Deixa-me olhar para ti… para o teu rosto… Deixa-me…” – Marta interrompeu-o colocando a mão livre sobre os seus lábios… levantou-se e colocou-lhe de novo a venda… Ele não resistiu… queria ver até onde poderia ir aquele tentador jogo de sedução!

Marta saiu da banheira e secou o corpo… ajudou Hugo a levantar-se e sair da banheira e passou-lhe uma toalha… Deixou-o sozinho e foi ao closet onde vestiu a lingerie… Regressou ao quarto de banho. Hugo estava de pé junto à porta… encostado no batente. Enrolara a toalha à volta da cintura e mantinha a venda. Um sorriso bailava nos seus lábios… mas já não era um sorriso tímido… não o mesmo de sempre… Era um sorriso malicioso, divertido, intrigante! Marta sorriu também ao vê-lo assim… Acordara nele algo que estava a gostar de ver!

Pegou na mão dele e encaminhou-o para a enorme cama… Trocara tudo naquele quarto há cerca de um ano… os móveis, as cortinas, os quadros… tudo! Não queria continuar a viver no passado. Amara muito o marido mas não tinha morrido como ele… estava viva e queria desfrutar de novo do amor, da paixão, do sexo… E queria que fosse Hugo a fazê-la rememorar tudo isso! Não como visita ao passado… mas como estreia para o futuro!

Hugo seguiu Marta… neste momento seria capaz de a seguir para onde ela quisesse… mesmo que no fim do caminho encontrasse o abismo… era com ela que o enfrentaria!

Marta encostou Hugo à cama… e pediu-lhe para se sentar… “Volto já!”

Saiu para a cozinha onde tinha uma bandeja preparada com algumas frutas e queijos cortados… morangos triturados… … champanhe…

Voltou para o quarto… Hugo continuava na cama mas tinha-se deitado para trás. Levantou-se quando ouviu Marta… Esta pousou a bandeja na mesa-de-cabeceira do lado direito… Pediu a Hugo para se deitar de novo e para se chegar um pouco acima na cama. Pegou num pedacinho de queijo e subiu para a cama, aninhando-se junto ao ouvido de Hugo perguntou: “Tens fome?” e passou o queijo pelos lábios de Hugo que os abriu ligeiramente… Marta retirou o queijo e desceu sobre aquela boca convidativa e passou a ponta da língua pelos lábios de Hugo… ele gemeu… e tentou beijá-la mas Marta depressa se levantou e colocou o queijo na boca de Hugo perguntando “Gostas de queijos?”.

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