quarta-feira, 14 de novembro de 2007

De olhos vendados (VI)



Hugo não se fez rogado… levantou os braços e rodeou o corpo de Marta… acariciou a sua pele macia e puxou-a para si. Marta aninhou-se naqueles braços que tantas vezes imaginara em redor do seu corpo… Começou a sentir o corpo a aquecer… as faces… um arrepio percorreu-lhe o corpo… Hugo tentou falar, mas ela impediu-o colocando um dedo sobre a sua boca - “Ssschhh… Lembra-te do que combinamos!” De seguida empinou-se e beijou-o sofregamente… explorou a sua boca. Hugo fez o mesmo; beijou-a libertando toda a paixão contida ao longo dos meses que a desejara em silêncio. As suas mãos começaram a acariciar Marta… percorreu-lhe as costas e pousou as mãos sobre as nádegas… Nesse momento Marta soltou-se e Hugo estacou… será que ia parar com tudo?

Mas não… apenas se soltou e, baixando-se, puxou os boxers de Hugo, lentamente pelas ancas abaixo, libertou o seu membro aprisionado naquele tecido que não escondia o quanto a desejava! Puxou-os até aos pés e obrigando Hugo a levantá-los um a um, arremessou a peça de roupa para junto da restante, sobre o tapete.

“Vamos entrar na banheira… com cuidado, para que não caias!” ajudou Hugo a caminhar até encostar as pernas à banheira e a passar as pernas, uma de cada vez, para o interior da banheira. A água estava morna, perfumada… e a espuma fazia-lhe cócegas. “Senta-te!” pediu Marta… a sua voz saía menos trémula agora, mais controlada mas amorosa…

Hugo sentou-se no meio da banheira, Marta entra também na banheira e sentando-se por trás de Hugo, rodeia-o com as pernas… encosta o corpo ao dele e abraça-o dizendo… “Se prometeres que não te voltas para mim… podes tirar a venda!” e pegando numa esponja macia começou a lavar-lhe suavemente o corpo. Hugo nem sabia se devia falar… aquele jogo deixava-o doido de paixão, mas também impotente… não queria cometer nenhum erro! Marta sentiu que ele estava receoso e sussurrou ao seu ouvido… “Penso que queres continuar a viver estas sensações, tanto quanto eu! Não é?” – “Sim, muito mesmo!” respondeu prontamente Hugo. Marta retirou-lhe então a venda, colocando-a no banco ao lado da banheira. Continuou a passar a esponja pelos braços dele… um e outro,,, pelo peito… suavemente… desceu ao abdómen… e passou para as costas dele… “Dá-me a tua perna direita…” pediu e Hugo encolheu a perna para ela passar a esponja… fazia movimentos lentos e suaves que estava a deixar Hugo louco… louco de paixão e de vontade de lhe tocar da mesma forma… estava a ser castigado com tanta sensualidade… Marta pediu a outra perna… e novamente movimentos de intensa sedução… Sentia-se tentado a voltar-se e a beijá-la… abraçá-la! Marta deixou cair a esponja e começou a traçar um caminho de tortura com os dedos esticados sobe as coxas de Hugo… passeava entre os joelhos e as virilhas… e voltava a passar, dos lados também… Sussurrava ao ouvido dele, perguntando se estava a gostar… “Estou a adorar! Só queria poder tocar-te também!” Marta pegou novamente na esponja e pegando no braço de Hugo colocou-a na sua mão… esticou uma das pernas que o rodeava e Hugo começou a lavá-la… muito lentamente também… passava a outra mão pela pele sedosa das pernas longas de Marta… passou depois para a outra e fez a mesma coisa…

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